GEORGES BRAQUE (Pintor) (1882-1963) Braque foi o iniciador do cubismo, junto com Picasso. A obra deste pintor francês não foi tão numerosa quanto a de Picasso, mas o fato de terem trabalhado juntos mimetizou um pouco os quadros de ambos, principalmente os primeiros, a ponto de os especialistas encontrarem dificuldade em identificá-los. Nos cursos noturnos da escola de arte de Argenteuil-sur-Seine, Braque recebeu seu primeiro diploma como pintor-decorador. Pouco depois mudou-se para Paris e lá freqüentou a Academia Humbert, onde conheceu o pintor Francis Picabia. Suas primeiras obras se identificaram com o movimento fauvista, mas Braque já começava a estudar mais de perto a obra de Cézanne. Viajou para Antuérpia, onde conheceu a obra dos principais mestres de Flandres e na volta expôs no Salão dos Independentes. Conheceu então Picasso e Apollinaire, aos quais se ligaria por uma grande amizade. Quando Picasso apresentou seu quadro As Senhoritas de Avignon, Braque começou a vislumbrar a concretização dos estudos que fizera da obra de Cézanne. Em pouco tempo seu primeiro quadro cubista adquiriu forma. A partir de 1910, as obras de Braque sofrem nova variação — é o chamado período cubista analítico de formas facetadas. Pouco antes de ser convocado para participar da Primeira Guerra Mundial, o pintor produz seus primeiros quadros cubistas sintéticos, representados principalmente por naturezas- mortas. Ao retornar, começou a trabalhar com Juan Gris e Henri Laurens. Nos anos 40 dedicou-se à cenografia e à escultura. Publicou ainda uma coletânea de aforismos a que deu o nome de Cadernos de Georges Braque. A pedido do governo, pintou a abóbada da sala de Henrique II no Louvre e os vitrais da igreja de Varengeville. Suas obras estão espalhadas pelos mais importantes museus de arte moderna do mundo.